Neste post, é mostrado como funcionam as 4 atuais tecnologias de tela de toque. Além das vantagens e limitações de cada tipo.
Tela de toque resistiva
Consiste em duas camadas, uma flexível e outra rígida, a camada flexível é feita de um filme (film) de plástico poliéster, com revestimento de ITO (óxido de índio e estanho) e uma camada rígida de vidro (glass), também revestida com ITO. Entre estas camadas, há uma membrana isolante ou um espaço de ar (air layer) sustentado por uma matriz de espaçadores (dot spacer). Quando o dedo ou um objeto encosta na camada flexível, esta encosta na camada rígida, consequentemente, uma corrente elétrica circula entre as camadas. Cada ponto da tela possui uma resistência diferente, ao pressionar em uma parte da tela, um controlador converte o valor da resistência em coordenadas x e y.

Estas telas de toque têm custo e consumo baixos, também são resistentes contra poeira, água e interferência eletromagnética. Além disto, pode-se usar qualquer objeto para acionar a tela. Porém, possuem desvantagens como: requerem calibração periódica, arranhões podem causar danos, permitem a passagem de apenas 75% da luminosidade e são menos sensíveis que outras tecnologias de tela de toque.
Tela de toque capacitiva
Este tipo é o mais usado em smartphones, tablets, laptops e caixas eletrônicos. Consiste em duas camadas rígidas de vidro (glass) ou plástico, separadas por um espaço de ar. Estas camadas possuem filmes de ITO entre o espaço dielétrico, com o propósito de formar um capacitor. Além disto, as camadas são eletricamente carregadas, criando um campo elétrico. Quando o dedo encosta na tela, ocorre uma alteração no campo elétrico no ponto de toque e uma pequena transferência de cargas vai para o dedo. Os eletrodos (electrode) detectam esta alteração e o controlador calcula as coordenadas do local do toque.

Esta tecnologia é muito mais sensível e possui alta durabilidade, além de conseguir detectar vários toques ao mesmo tempo. No entanto, é sujeito à interferência eletromagnética e funciona apenas com objetos condutores como os dedos e as canetas especiais.
Tela de toque infravermelha
Ao redor da tela de toque (touch screen), há uma grade de LEDs infravermelhos e fototransistores, quando o dedo encosta em um ponto (touch point), dois feixes infravermelhos (infrared ray) são interrompidos, causando a queda do sinal no fototransistor do feixe. Em seguida, o controlador detecta as coordenadas do toque a partir dos feixes interrompidos pelo toque.

Este tipo pode detectar quase qualquer objeto, possui alta durabilidade e boa claridade, pois não há camadas adicionais sobre a tela. No entanto, esta tecnologia é mais cara que as outras e a luz do Sol pode afetar o desempenho da tela. Além de ter baixa resolução e problemas de paralaxe. Geralmente, grandes displays interativos são deste tipo de tela.
Tela de onda acústica de superfície (SAW)
Em vez de feixes infravermelhos, ondas ultrassônicas (sound waves) viajam pela superfície. Transdutores piezoelétricos (transducers) emitem ultrassons, estes são direcionados por refletores (reflector) para a tela e vão até sensores ou refletores (reflector) no lado oposto. Quando o dedo encosta na tela, parte das ondas são absorvidas, consequentemente, sensores detectam a mudança na frequência das ondas e a informação é repassada para um computador, que determina as coordenadas do toque.

A principal desvantagem é que esta tela é muito sensível à poeira, sujeira ou água, além do custo elevado. Por outro lado, possui grande precisão, sensibilidade, claridade e durabilidade. Telas de toque SAW estão presentes em ambientes internos com grande circulação de pessoas e quiosques de informação pública.