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Sistema de ignição de automóveis

Neste post eu vou falar sobre o sistema eletrônico de ignição de automóveis. Falarei de cada componente do sistema e do seu funcionamento como um todo.

Este é o sistema completo que aciona as velas no momento e velocidade certas para obter a máxima eficiência.

Bobina de ignição

A bobina de ignição é um autotransformador elevador, converte a tensão da bateria em alta tensão. A figura abaixo mostra os enrolamentos da bobina à esquerda e à direita mostra este componente em corte.

Os transformadores só trabalham com corrente alternada e a bateria fornece tensão contínua. Como a bobina de ignição vai funcionar? Um módulo eletrônico de ignição é usado para abrir e fechar constantemente a corrente para a bobina funcionar.

Módulo de ignição

Os terminais do módulo de ignição:

  1. A saída positiva do distribuidor;
  2. A saída negativa do distribuidor;
  3. Ligação com o tacômetro (medidor de velocidade, falarei em um outro post);
  4. Ligado à chave de ignição, ao positivo primário da bobina e ao fio resistivo;
  5. Terra;
  6. Ligado ao negativo primário da bobina.

Este módulo substitui o platinado e o condensador (capacitor), eliminando o desgaste e a vibração de contatos, facilitando o ajuste do ponto de ignição e aumentando a eficiência devido ao controle eletrônico do distribuidor. A bobina de ignição é controlada com um transistor de potência que depende do sinal de saída do distribuidor. Os emissores de pulsos para a ignição podem ser indutivos ou de efeito Hall. Explicarei com mais detalhes sobre o módulo de ignição e injeção eletrônica em outro post.

Distribuidor

A função do distribuidor é distribuir os sinais de alta tensão para as velas soltarem faíscas na ordem e velocidade certas. O distribuidor indutivo tem um estator com ímãs permanentes e enrolamentos de indução. O rotor gira por uma árvore de comando das válvulas, o fluxo magnético e a tensão nos terminais do estator muda.

Quando os dentes do estator e do rotor se encontram, a tensão U nos terminais dos enrolamentos aumenta e diminui quando se afastam seguindo esta curva.

Com o módulo de ignição, os pulsos de U se tornam pulsos retangulares no mesmo sentido. Este é exemplo de distribuidor indutivo.

O distribuidor Hall usa um sensor de efeito Hall (3) de frente para um ímã permanente (1). O circuito integrado que possui o sensor Hall também modela e amplifica os pulsos, estabiliza a tensão e tem um compensador de temperatura. O rotor (7) possui segmentos de blindagem magnéticas (5). O (8) é uma unidade de avanço por vácuo controlada pela borboleta do acelerador.

Quando uma dessas blindagens fica entre o ímã e o sensor, a tensão na saída é próxima de zero. Aqui temos um esquema simplificado do distribuidor Hall.

Motor de partida

O motor de partida gira o virabrequim do motor de combustão interna até começarem as explosões e depois o motor a combustão gira por si mesmo. Este é o virabrequim que também aciona o eixo do distribuidor por um conjunto de engrenagens em alguns motores.

Os motores de partida possuem um solenoide controlado pela chave de ignição que permite o contato entre o motor de partida e a bateria.

Velas de ignição

A vela conduz a alta tensão gerada pelo autotransformador e fornecida pelo distribuidor para a câmara de combustão, onde é produzida uma faísca que inflama a mistura de ar com combustível. Explicarei com mais detalhes em outro post.

 

 

 

 

About Pedro Ney Stroski

4 thoughts on “Sistema de ignição de automóveis

  1. Não tinha a menor noção desse assunto. Muito esclarecedor. Seus temas são bem interessantes. Parabéns!

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