O RLV LEX é um veículo reutilizável de pouso autônomo para missões espaciais. Construído pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO).
Fonte: ISRO (Traduzido para o Português)
A ISRO conduziu com sucesso a Missão de Pouso Autônomo do Veículo de Lançamento Reutilizável (RLV LEX). O teste foi conduzido na Área de Teste Aeronáutico (ATR), em Chitradurga, Karnataka, em 2 de Abril de 2023.
O RLV decolou às 7:10 hs no horário local, por um helicóptero Chinook da Força Aérea Indiana, como uma carga suspensa e voou a uma altitude de 4,5 km. Uma vez que os parâmetros foram atingidos, baseados no comando do Computador de Gerenciamento da Missão, o RLV foi solto a uma distância de descida de 4,6 km. As condições de solto incluíam 10 parâmetros cobrindo posição, velocidade, altitude, etc. O RLV realizou manobras de aproximação e pouso usando sistemas integrados de navegação, orientação e controle. Completou um pouso autônomo na ATR às 7:40 IST. Com isto, a ISRO obteve com sucesso o pouso autônomo de veículo espacial.
O pouso autônomo foi realizado nas mesmas condições de reentrada de um veículo espacial, pousando com alta velocidade, sem tripulação, pouso preciso no caminho de retorno, como se estivesse chegando do espaço. Foram alcançados parâmetros de pouso como: velocidade relativa no solo, taxa de afundamento dos trens de pouso e taxas precisas de corpo do avião, estes podem ser experimentados por um veículo espacial de reentrada orbital em seu caminho de retorno. O RLV LEX exigiu muitas tecnologias no estado-da-arte, incluindo navegação precisa com hardware e software, sistema pseudolítico, altímetro de radar na banda Ka, receptor NavIC, sistema de pouso doméstico, aerofólio de barbatana com estrutura de favos de mel e sistema de paraquedas.
Pela primeira vez no mundo, um veículo alado foi carregado a uma altitude de 4,5 km por um helicóptero e solto para realizar um pouso autônomo em uma pista. O RLV é essencialmente um avião espacial com uma baixa relação de sustentação/arrasto, requerendo um alto ângulo de planeio, para um pouso a velocidade de 350 km/h. O LEX utilizou muitos sistemas domésticos. Sistemas de navegação localizada baseada em sistema pseudolítico, instrumentação, sistema de sensores, etc. Estes foram desenvolvidos pela ISRO. O Modelo de Elevação Digital (DEM) do local de pouso, com um altímetro de radar na banda Ka, forneceu informações precisas de altitude. Extensivos testes com túnel de vento e simulações CFD permitiram a caracterização aerodinâmica do RLV antes do voo. Adaptação de tecnologias contemporâneas desenvolvidas para o RLV LEX, torna outros veículos de lançamento da ISRO mais econômicos.
A ISRO demonstrou a reentrada do veículo espacial RLV-TD, na missão HEX, em Maio de 2016. A reentrada de um veículo suborbital hipersônico marcou um grande avanço no desenvolvimento de veículos reutilizáveis de lançamento. No HEX, o veículo pousou em uma pista hipotética na Baía de Bengala. Um pouso preciso em uma pista não estava incluído na missão HEX. A missão LEX alcançou a fase de aproximação final, que coincidiu com a rota de voo da reentrada, mostrando um pouso autônomo e em alta velocidade. O LEX começou com um teste de navegação integrada em 2019 e seguiu múltiplos testes de modelo de engenharia e fase cativa nos anos seguintes.
O vídeo do pouso do RLV HEX.